sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Eu tenho um sonho.


Eu estava em Montréal no final do ano passado quando em uma manhã acordei assustada com o seguinte pensamento: 'e se meus sonhos não se concretizarem?'. Era o último dia de trabalho por lá num frio de 5 graus negativos e neve. Eu estava sozinha num quarto de hotel e naquela madrugada partiria para Nova York a passeio.

O pensamento que me vinha era quase 'egoísta'. Como eu estava indo me divertir em NY se eu ainda não estou com a vida ganha? Se eu ainda nem sei como terminar projetos já iniciados? Se eu, dizendo bem a verdade, ainda sou dependente financeiramente de uma empresa familiar (que não está no meu ramo de atuação por mais que eu cumpra ali um trabalho que considero importante)? E se os meus pais morressem no dia seguinte? Eu teria que abrir mão dos meus sonhos para tocar a empresa e sobreviver, ou, eu abriria mão da empresa (afinal não saberia tocá-la como deve ser) e faria o que da minha vida já que é sabido que a vida na arte é assim? Eu aguentaria isso ou teria meu fim como vendedora de loja de shopping?

Fiz umas contas e percebi que em dois anos meus projetos tão elogiados por todos não me deram nada além de despesas (incluindo algumas multas por velocidade a fim de não perder prazos) e queima de miolos. Que nesse tempo todo o que mais fiz foi inscrever em edital, em projeto de lei e chorar patrocínio. Que em certas epocas me vem uma lufada de ar e que em outras eu perco até aquela que é a última que morre.

Me preocupa. Sei que sou boa no que faço. Como tantos outros são. Mas sei que eu preciso de uma chance de mostrar isso.

Lidar com arte é lidar com sonhos. Seja de quem assiste seja de quem realiza.

Sem mais nem menos, por onde na verdade eu buscava um trabalho burocrático 'certinho' na minha área, me surgiu uma oportunidade com uma pessoa que eu não conhecia, mas, que estou percebendo um monte de afinidades. A principal é: gostar de trabalhar. Entender que dinheiro vem depois de trabalho. Que recompensa vem depois de trabalho. Mas vem.

Um sozinho não faz nada, como diria Vianinha 'sozinho eu só faço cocô' - Moço em Estado de Sítio. Dois fazem muita coisa. A roda gira e a coisa acontece. No momento estou trasformando sonhos em realidades (assim no plural mesmo).


"A alegria está na luta, na tentativa, no sofrimento envolvido. Não na vitória propriamente dita" Mahatma Gandhi.


Lembrei dessa frase e tive coragem de sair da cama. Abri a janela e vi, lá em Montréal, que apesar dos 5 graus negativos e da neve, tinha sol.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

A Vida é uma academia!

E um, e dois, e três e, quatro!
Saiu de casa! Desce escadas.. e um, e dois, e três e quatro andares! Mantém o ritmo!
Quero ver esse braço! Puxa o primeiro portão de ferro! E um e dois! O outro portão, vamos lá! E três e quatro! Atravessa... e sete e oito e quero ver esse tríceps! Vamos chamar o ônibus!
Prepara o bum-bum! Subiu no ônibus! Não pára! Segura lá em cima! E dança e pega-estica e puxa e... um e, dois! Pra descer step! Três e quatro! E caminha! Olha o ritmo! Olha a hora! Olha a subida! Olha o buraco! Olha o cocô! Que calor!!
Intervalo para trabalho!
Vamos repetir!
Volta pra casa!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Mais uma sem amor?

Juro que a gente chega numa idade que acredita não cair mais nas mazelas de relacionamentos. Que perto dos 30 já vimos e vivemos de tudo. Pelo menos a nossa geração que já teve namorados família, ficantes vários, paixões platônicas, desilusões. Que já foi pra cama com um príncipe e acordou nem com o sapo, mas, que também já dormiu conchinha. E que mesmo assim, por mais que jure o contrário, não perde a esperança.
Então a gente acha que não cai mais em 'papo-furado'. Que 'comer a mina só para contar pros amigos' ficou lá pelos 18 anos. Que amizade colorida não existe e que o tal 'pau amigo' ou 'amigo com benefícios', ou é 'pau' ou é 'amigo'. Ou é 'amigo', ou tem os 'benefícios'. Os dois juntos não combina.
Mas a gente sempre acha que dessa vez vai dar certo.
Eu conheço uma pessoa que já quase sem esperanças chegou pro fulano na mesa do bar de sempre, onde ele estava com amigos que outrora visitaram o playground e, antes que virasse de vez 'a garota da turma' bradou em alto e bom som: "Fulano! Não morre mais! Acredita que eu e minhas amigas estávamos comentando como você é filho da puta? Pois é... então você também só queria me comer, né? Foi bom pra você? Então guarda bem na memória porque não vai acontecer nunca mais! Precisou de anos se dizendo apaixonado por mim para esse fiasco!". Todos boquiabertos principalmente um a quem ela também já havia jurado amor eterno e de encarnações e vice-versa. Virou para esse que como sempre estava acompanhado (bem acompanhado): " E você não fala nada, porque você também fez igualzinho. Seu babaca. Como vocês são idiotas! Mas você (voltando-se para o primeiro) eu juro que eu não esperava! Com essa cara de trouxa, nem pinta de galã tem, fui pra cama com você por amizade e mesmo assim você fica aí pagando de dono do terreiro? Só queria deixar bem claro, que não foi você que me comeu! Fui eu quem deu para você! Perdeu playboy!"
E saiu pisando firme. Sabe o que aconteceu? Casaram. Estão felizes há mais de ano. Tudo pela sinceridade dela.
Creia naquele piada da Sharon Stone na ilha deserta, sabe? Que teve um naufrágio e aí sobraram numa ilha deserta um cara 'x' e a Sharon Stone. Sem opção ela topa dar pra ele. E vai que vai. Na maior alegria sem hora nem lugar por meses. Aí chega uma hora que ela fala pra ele: "Quero realizar um fetiche seu, me fala qualquer coisa que eu faço". O cara achou estranho, mas, pediu para ela se vestir de homem, fez uma barba falsa e pediu que ela caminhasse em uma direção da ilha. Ele caminharia na outra e quando se encontrassem ela deveria fingir que não era ela. Dito e feito foi o que ela fez e, ao se encontrarem ele abriu os braços e disse: "Ei! Que bom te ver aqui! Rapaz, você não vai acreditar quem eu tô comendo. A Sharon Stone!". A filosofia? Que adinata comer a Sharon Stone se ninguém ficar sabendo?
Bom, fato é que não tem jeito. A gente deve se acostumar? Eles não aprendem....

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

La Argentina...

Mais um post sobre nuestros hermanos. É que desde que voltei de lá estou lendo um livro muito bom. Acho que vale a pena comentar porque mostra bem como somos parecidos e como todos os países da América Latina, na verdade, são uma unidade.
'Radiografia de mi pais - La Argentina que me duele' de Oscar Rodriguez Oro, é uma autobiografia de um homem de 58 anos que viveu todas as Argentinas. Das glórias Peronistas e Evitistas, da derrocada, da 'volta por cima' Peronista, da queda de Isabellita, da Ditadura, do Milagre e de hoje, da miséria. Sua história poderia ser a de qualquer brasileiro na faixa etárea do meu pai, por exemplo (60 anos).
Suas recordações e histórias são muito parecidas e Oscar tem a vantagem de em sua vida poder ser identificado com qualquer classe social, pois, foi do berço esplendido à migração e fome, até a high society política, intelectual e social, passando por sorte e muito trabalho seu e de sua família.
Hoje ele é um dos maiores radialistas, de mais ibope, no país.
Aproveito o post para lembrar do lançamento da nova biografia do Gabriel Garcia Marques - 'O Escritor e o Ditador'. Garcia Marques é um ícone latinoamericano assim como Fidel Castro (o ditador) e o escritor inglês Gerald Martin observou essa 'amizade' do autor de 'Cem anos de solidão', 'O amor nos tempos do cólera' entre tantos outros clássicos.
E também falar do filme 'O Segredo de seus olhos' de Juan Jose Campanella com Ricardo Darín, tantas vezes comentado nesse blog e agora, até que enfim, com estréia no Brasil!
Por hoje é só. Aproveita o serviço aí embaixo:

- Radiografia de mi país.
- O Escritor e o Ditador.
- Salas de 'O Segredo de seus olhos'.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Don´t no why....

Tenho visto televisão. Odeio aquela novela pseudo-auto-ajuda do Manoel Carlos. Acho patético embora concorde que a Alinne Moraes tem feito um excelente trabalho, a Lilia Cabral seja indiscutível, o Matheus Solano muito bom e a Adriana que faz a Isabel, uma revelação. Aliás, essa última seria perfeita em personagens Nelson Rodriguianos.
Então, existe um respiro entre as baboseiras que se chama intervalo comercial. É o tal do reclame. Imagem é tudo.
Tem um comercial particularmente, que tenho gostado muito. bem feito, bem produzido, bem pensado. As vezes acontece. Quem não se lembra de comerciais realmente bonitos como aquele do menino no carrossel com a música do RadioHead? Era algo de campanha para crianças especiais. Era de chorar de emocionante. Ou ainda os do Guaraná Antarctica? Eram sensacionais, desde o pizza com guaraná, pipoca com guaraná, até os do Jorge Ben. Os comerciais das Havaianas....
Enfim, resolvi colocar aqui esse comercial que tenho gostado da Devassa da Paris Hilton. E coloco também um antigo da cerveja Antarctica com a Etta James. Isso e que é classe!





e a continuação é ótima.... uma aula!

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

É possível.

Nesses dias de idas e vindas, andei pensando sobre nossas reais necessidades e, principalmente em como elas afetam a nossas vidas e a vida de todos. Não é de hoje que eu pelo menos tomo atitudes que acredito me fazerem bem, que ajudam o planeta e que principalmente é uma questão de mudança de hábito, ou seja: costume. Aqui vão algumas coisinhas que, se eu consigo, qualquer um pode conseguir. Qua tal se nos comentários todos colocássemos um pouco do que fazemos para melhorar nossas vidas?

- Carro: Adoro dirigir e quem me conhece sabe disso, mas, sejamos coerentes que em uma cidade como São Paulo, não é posível dirigir graças ao número de carros nas ruas. Sim, a questão do combustivel melhorou significativamente nas últimas décadas, mas, sejamos francos: há mesmo necessidade de tirar o carro de casa para ir a um lugar no seu próprio bairro? Há mesmo necessidade de colocar mais um carro nas ruas, atrapalhando mais ainda o transito e contribuindo para a poluição sendo que o destino tem metrô na porta ou fácil acesso de ônibus? Não tem como rachar uma carona? Acredite em mim: andar faz bem para você e para o planeta. Experimente! Afinal, convenhamos que andar sozinho em um carro para cinco pessoas é até falta de noção, né?

- Sacolinhas de supermercado: Sim, elas são práticas, mas, não é necessário mais que uma para carregar até 6 kilos, portanto, vamos parar de usar duas para carregar um refrigerante de dois litros, ok? A sacolinha plástica é um dos maiores poluidores do mundo. Que tal aderir às sacolas sustentáveis? Tem umas ótimas que você pode guardar na sua bolsa e utilizá-las sempre que necessário. Eu tenho feito isso e vejo que cada vez que no supermercado ou na padaria eu recuso a sacolinha plástica, algumas pessoas por ali seguem o exemplo. Tire seu velho carrinho de feira do armário e boas compras!

- Banho de Banheira e Escovação no copinho: Desde pequena aprendi a não deixar a torneira aberta na hora de escovar os dentes. Hoje, voltei á época do meu avô. É muito simples: deixe um copo de água pela metade ao lado da pia. Molhe a escova no próprio copo e utilize essa água toda vez que for molhar a escova. Ao bochechar, jogue a água usada e re-enchao copo com água limpa. É mais do que suficiente para uma excelente escovação gastando nem 1/10 da água que você gastaria. No banho, a mesma coisa. Se vai demorar, se quer relaxar, use a banheira. Tome a famosa 'ducha' para tirar a sujeira e lavar os cabelos, assim, você pode ficar o tempo que quiser em águas paradas sem risco de continuar 'sujinho'. Assim gasta-se muitissimo menos.

- Reutilize: A reutilização pode ser desde um tenis que você descartaria porque está furado, até o pote de margarina. Lembre-se que existem profissionais como o sapateiro, que deixa seu tênis novo, por um preço muito mais barato que um novo. Por mais que em restaurantes isso seja proibido, na sua casa, você pode ao acabar a margarina, por exemplo, ferver o pote e utilizá-lo como 'tapeware'. Não se preocupe com o lixo acumulado daquelas sacolinhas que você deixou de pegar no supermercado, aposto que você recebe malas-direta e revistas que vem embaladas em sacos plásticos. Sim, aqueles pequenos. São excelentes para o lixo 'molhado' e lixo de banheiro. Nada além disso. O resto pode ser jogado diretamente no lixo central do seu prédio. Envelopes podem ser reaproveitados assim como as propagandas que utilizam apenas a frente do papel. Vai que você não precisa de um bloquinho de notas ao lado do telefone?

- Imprima apenas o necessário: Se é apenas um numero, anote. Não imprima uma folha inteira...

Não que eu seja a dona da verdade, mas com essas atitudes, além de tudo, resguardo meu bolso: com o carro em casa economizo cerca de R$ 50,00 semanais só com o combustível básico; sem pedir sacolinhas, o Pão de Açúcar me devolve R$ 0,10; o consumo de água caiu pela metade, cerca de R$ 40,00 no mês; não compro mais tapewares e levo lanche de casa que, além de mais barato, poupa descartáveis; não imprimindo economizo nas folhas (gastava cerca de um pacote por mês, R$ 12,00, hoje o mesmo já dura uns cinco meses), na tinta da impressora (antes iam dois cartuchos por dois meses, os de hoje já estão desde outubro de 2009, cada cartucho custa cerca de R$ 50,00); meus tênis reformados custaram R$ 30,00 cada par, se eu fosse comprar novos, lá se iam R$ 300,00...

Com o que economizo, entro no site www.reciclecarbono.com.br que é uma empresa de verdade e séria e neutralizo minha emissões por menos de R$ 25,00 no mês. E isso ainda é abatido do imposto de renda!

Pessoal, vale a pena!

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Acorda, Alice!


'Tá na hora! vamos, vamos!'
E antes o país fosse das maravilhas.......