terça-feira, 30 de março de 2010

Minha cabeça(eira)

Sou um tipo de pessoa que não aguenta ficar sem um livro por perto, sem ler alguma coisa. Raras são as vezes que estou sem o 'livro de cabeceira'.
Acabo de ler 'Los Abandonados', de Luís Mey, o último da minha safra argentina recém-adquirida.
O primeiro romance do autor poderia identificá-lo e, porque não, classificá-lo, como um Jack Kerouac light. Sexo, drogas e rock´n´roll. Muito sexo, muitas drogas e um dito pop´n´roll. O livro é muito bem escrito e os personagens muito bem construidos. Por isso inclusive que estão virando filme com roteiro e direção de Mey, que até hoje era apenas um mero vendedor de livros na El Ateneo da Ave. Santa Fé em Buenos Ayres e com quem eu só não encontrei quando adquiri o livro porque era seu dia de folga.
Desde o principio vi as figuras dos personagens, montei as cenas na minha cabeça. Diferente do que ocorre agora com 'O Beijo não vem da boca' de Ignácio de Loyola Brandão, de renome inquestionável e de qualidade imensa mas, onde as memórias fragmentadas e separadas por tempo e espaço enremeadas por rubricas não deixa o pensameto fluir. Pelo menos não agora na página 33.
O que me faz ficar demais de curiosa pelo meu mais novo besteirol adquirido no sebo Estante Virtual 'Janey Wilcox - Alpinista Social' da Candance Bushnell. Adoro! Quem disse que livro de cabeceira é livro cabeça? O importante é o que se descobre, o universo por trás. E, mesmo com o recém inaugurado 'O Beijo...' aprendi:

"O beijo não sai da boca. Sai do coração" - Ignácio de Loyola Brandão.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Bioenergia renovável!

Acabo de assistir à campanha política, ops!, propaganda partidária, ops!, propaganda, enfim.. sei lá qual motivo inventaram ou não, do governo do Estado de São Paulo.
Acredita que em pleno 2010, todo mundo preocupado com um possivel colapso ecológico, a menina dos olhos do governo é o Rodoanel que asfaltou não sei quantos quilometros de terra entre pontes e estradas? A medida que aqueles 30 segundos eram intemináveis, meu queixo foi despencando para eu terminar num sonoro: que absurdo!
Toda vez que vou ao Rio de Janeiro de carro (sempre com mais de duas pessoas) ou de ônibus, acompanho paralelo à Dutra trilhos de trem abandonados. Lembrando que hoje em dia, o trem não polui nem 1/5 do que poluem automóveis o que, principalmente para o escoamento da produção seria formidável (como era) para a rápida e eficiente chegada aos portos de Santos, Rio ou Paranaguá (os maiores).
E o governo achando o máximo asfaltar a Terra e sufocar o planeta.
Vão dizer que em troca estão plantando não sei quantas mil árvores. Resultado: ainda estamos devendo! Na Marginal, em São Paulo (cidade) a mesma coisa: construção de não sei quantas pistas novas (pra falar a verdade não sei onde também... já não é apertado o suficiente?) 'asfaltadas'. Que maravilha, não? O asfalto, o asfalto, o asfalto! Carros, máquinas! Os homens e suas máquinas! Poluição!
No início do século passado a escritora Leandro Dupré (sim, escritora, Leandro é sobrenome) escreveu no clássico 'Éramos Seis' que um dos filhos da Dona Lola (protagonista) adorava ver o carro da tia rica ir embora pois soltava uma enorme fumaça preta. Naquela época ainda não sabiam como aquilo faria mal. Me parece que nossos governantes ainda estão em 1920.
Mas é lógico que a questão do trem é mais complicada. O buraco é mais embaixo, obvio. Maior escoamento, menor perda de produção, maior agilidade na exportação, maior necessidade de produção. E onde se encaixa a robalheira que é a perda de quase metade dos produtos agrícolas? Quem não se lembra do Tratado(?) de Taubaté em 1900 e uns quebradinhos quando mandaram incendiar as sacas excedentes do café para aumentar seu preço?
É meu amigo, essa escola é centenária!
Não quero ser Ecochata, mas, essa história de achar asfalto, carro e máquina bonito...é muito retrógrado! Bioenergia por favor!

Sábio Tom Zé!

"A volta do Trem das Onze"

Pra Iracema em Jaçanã
A esperança parece vã
Mas na maloca, Adoniran
Já se reforça, com tapioca, caldo de rã,
E convoca Joca pra derrotar Leviatã e Tio Sam.

Refrão:
De ferro e bronze
O trem das onze
Voltará,
Em Jaçanã bem de manhã
Apitará.
Comemoremos Mato Grosso eu e Joça
Com Iracema e o Arnesto na maloca.

Soja disse que este ano vem
Andar de trem,
E o milho vai querer também
Andar de trem,
Feijão disse que ninguém vai ficar sem
Andar de trem.
Inês e todo o pessoal da Mooca e do Belém
Andar de trem.

Refrão

Frankfurt, Roma,
Europa forte,
É povo rico de toda sorte,
Tudo barateia nesse transporte;
Até Las Vegas,
Ó trem carregas pra Nova Iorque,
Mas aqui o gringo tirou o trilho
Pra não deixar trem passar."

domingo, 21 de março de 2010

De bar em bar

Nem sou chegada numa 'birita'. Pelo contrário, sou até bem 'fresca': limpo a boca do copo, a lata de refrigerante ou o gargalo com guardanapo antes de encostar a boca. Passo um papelzinho também nos talheres. Lógico que não é em todo lugar que faço isso, o que é, de minha parte, um master-preconceito. É sabido que muito restaurante grã-fino é bem mais porco que os 'butecos pé-de-chinelo'.
Tenho uma amiga, toda metida a fina, viagens, carros, contatos (isso também torna uma pessoa 'chique') e que diz: 'agoro um boteco, daqueles bem pé-sujo!'. E frequenta uns lugares que eu tenho até medo. Meu fisioterapeuta, também 'fresco' e gay (normalmente gays tem aversão a tudo que é povão), completa minha amiga:'quanto mais sujo melhor'.
Claro, tem aquela clássica do 'o pão na chapa não é o mesmo em casa porque não tem os micróbios...'.
Enfim, fato é que todo mundo tem seu buteco do coração. O meu em São Paulo é o Fufu. Nome carinhoso, só para os intimos, do Skina Grill do Seu Fuad. Figura típica. Personagem do bairro. O terror das velhinhas do baile do Piratininga (pega todas!). Simpático, foi candidato a prefeito pelo PSDB em 1989. O bar é decorado com aquelas fotos do dono do estabelecimento com celebridades 2o. escalão. É limpo. Quer dizer, devido à alta rotatividade não dá tempo dos bichinhos procriarem. Muito frequentado por jornalistas que trabalham na Folha (e cansam do Folhão) e vizinhos de Santa Cecília e adjacências.
No Rio, o boteco do coração é o Cardosão. Frequentado pelas famílias de Laranjeiras, tem um bolinho de bacalhau e uma empadinha impagáveis. Administrado pelos filhos da D. Celina, é uma espécie de armazém e mercadinho onde se encontra de produtos de limpeza a gêneros alimentícios não-perecíveis a remédios para dor de cabeça e outras mazelas auto-medicáveis. Coisa que em São Paulo não existe mais...

Vá lá:
- Armazém Cardosão: Rua Cardoso Junior, 312 - Laranjeiras - Rio de Janeiro / RJ
- Skinna Grill do Fuad: Rua Imaculada Conceição esquina com Rua Francisco Martim - Santa Cecília - São Paulo /SP

quarta-feira, 17 de março de 2010

Seria o Dinheiro Deus ou o Deus Dinheiro?

A campanha da Fraternidade da Igreja Católica deste ano de 2010 fala sobre Deus e Dinheiro. Sobre como temos tratado estes temas: causa e consequência, consecutivos de um para outro ou consecutivos de outro para um? Ou apenas uma dádiva. O que você faz com seu dinheiro? E com seu Deus? Quem te rege? Deus? Dinheiro? N.d.a.?
Idependentemente da escolha ou herança religiosa pensar nos valores humanos está acima disso, pois, qualquer alternativa intercepta essa questão. Tudo passa pelos valores morais e éticos de cada um. E não é apenas em relação a determinadas religiões que pregam a entrega de seus bens, do seu suor e do seu esforço para o templo de devoção deixando pessoas endividadas no maior exemplo de má-fé.
O dito popular diz que judeus são 'mão-de-vaca', que sabem cuidar e ganhar muito bem o dinheiro, que o fazem render e se multiplicar. Ao mesmo tempo ostentam jóias e carros. Hoje principalmente no mundo capitalista, muitos jovens judeus chegam a ser arrogantes quanto a isso. Inclusive em sociedades e casamentos. Ainda hoje.
Não muito diferente da igreja católica que no princípio pobrezinha hoje se divide em riquíssimos e muito pobres, pois, a classe média virou evangélica. Então de ambos os extremos católicos se doa esmolas para a igreja. Para uns custa muito, para outros muito pouco. Teoricamente esse dinheiro é para obras de caridade e, muitas vezes o é realmente. O que para o rico é mais doído de doar, o pobre doa com gosto, abre mão de suas necessidades e desejos em prol do outro. O rico diz que reza, sai da missa escolhida a dedo pela ordem de menor duração e sai correndo antes mesmo do padre se retirar. Fica horas na fila do vallet esperando seu carrão. E não faz nada do que prometeu a Deus. Deve ter passado despercebido, pois ele foi apenas cumprir função.
Islâmicos também são vistos como bons negociadores e comerciantes. No entanto, hoje em dia, o medo de terrorismo é grande para com pessoas desta crença. Foi generalizado.
A verdade é que Deus é toda energia boa que faz os planetas dançarem, as marés se movimentarem, o vento soprar, o trovão estourar e todos os outros fenômenos da natureza. O homem está esquecendo que faz parte desse sistema, automatizando e mecanizando tudo. Perdendo seu contato com a natureza e assim, com Deus. Tudo é fugaz e efêmero. Tudo é supérfluo. Tudo é dinheiro.

Essa semana fiquei refletindo muito a respeito disso, depois que Eike Batista, o 8o. Homem mais rico do mundo e ex-marido da Luma de Oliveira, saiu na Forbes declarando sua fortuna e isso virou um escarcéu em cima dele. Foi até inventado uma calculadora chamada Eike Calculator (que era um site que já foi tirado do ar) onde você coloca seu mísero (perto dele tudo é mísero) salarinho e fica sabendo quando ficará rico como ele. Salvo seja o ex-deputado João Alves (vide video), conhece o Dia de São Nunca??



Para alguns Deus pode ser o Silvio Santos...



Para marofar:
- O grupo teatral Parlapatões, Patifes e Paspalhões tem uma peça de repertório chamada 'As Nuvens e/ou Um Deus Chamado Dinheiro' vale a pena conferir.

domingo, 14 de março de 2010

Minha vida não cabe num busão!

Aposentei o carro. Em prol do meio-ambiente voltei ao velho (nem sempre bom) coletivo. Saudosismos a parte, estão bem diferentes da minha época de colégio quando a turma inteira pegava o Perdizes - 875A ou M que passava na porta do colégio e ia deixando a galera desde o metrô São Judas até eu que descia no meio da Avenida da Consolação. O ônibus era aquele meio oval com os bancos 'dois em um' e faróis redondos. E isso mal tem 10 anos.
Hoje a coisa mudou muito. Principalmente os pontos de ônibus que estão mais longe o que me faz pegar 2 ônibus. Mas tudo bem porque hoje existe o tal Bilhete Único que facilita muito além das várias histórias hilárias que só um bom busão te proporciona.
Outro dia peguei o 819P que sobe a Avenida Angélica até a Dr. Arnaldo. Ao entrar vi nos bancos reservados uma figura que deve ter seus 60 e picos e que é famos aqui na região. É fato que a figura não bate bem da cabeça, mas, parece que vive direitinho. Os ônibus de Higienópolis são extremamente ecléticos. Temos de mendigos a madames 'laqueadas' passando pelos colegiais e executivos. Neste dia, essa figura que é gordinha com nariz adunco e cabelos grisalhos pela cintura, falava alto com sua voz estridente e com 'língua plesa', contando à uma senhora 'laqueada' que logo deu um jeito de saltar que seu 'pai saia transando por aí'. Assim mesmo.
Os olhos da senhora interlocutora quase saltaram antes dela e pelo pára-brisa do ônibus. A outra lógico, não percebeu, mas, o ônibus inteiro caiu na gargalhada com a situação.
Tenho certeza que a vida em ônibus dos outros não é tão animada quanto a minha e muitos dizem que é porque eu tenho a opção do carro em casa estacionado na garagem. Fato é que me divirto mesmo porque para mim andar de ônibus ou de coletivo é desestressar do trânsito e fazer caminhada. Mesmo com horário certo para chegar aos lugares.
Ao mesmo tempo essa minha nova filosofia me dá aparatos peculiares tais como sempre que estou em ônibus intermunicipais, se entra uma mulher com uma ou duas crianças pequenas e chorando para todos sentarem na mesma poltrona, 100% de chance de que seja a dona da vazia ao meu lado. E 99% de chance que ela tenha subido ao veiculo nos 45 do segundo tempo quando eu já comemorava meu enorme espaço ao ir sozinha em duas poltronas.
Idem se entra alguém mais avantajado fisicamente. Da última vez tive que ceder meia poltrona para o braço do companheiro ao meu lado. Ande de ônibus comigo e comprove!
Como boa paulistana que sou, sigo o exemplo de nossa 'mui' respeitosa ex-prefeita: 'Relaxe e goze!'

terça-feira, 9 de março de 2010

Conclusão

Esse vídeo é só para completar o post de ontem. O importante é assistir dos 04h40 aos 05h00. Se der tempo vê o resto também...

segunda-feira, 8 de março de 2010

Ói ela aí otraveiz....

Acabo de vir da sala de tv. Sim, aqui a coisa é antiga. A sala de tv é uma e a sala de visitas é outra... senão, ninguém conversa. Na verdade fui até lá porque achei o som um pouco alto. Como a vovó já está nos 90, mais do que explicável. Mas até ela pede para dar esses toques para ela não fazer 'coisa de velho'.
Quando vi do que se tratava nem liguei mais para o volume da tela. Trata-se do programa da Hebe que aos 80 e tantos voltou para seu auditório depois de uma vida inteira na frente das câmeras e depois de seu maior afastamento desde a fundação da mesma. Hebe teve um câncer e se ausentou por uns três meses.
Eronildes, como é chamada pela amiga Marília Gabriela, é tão lenda viva (e ativa) da tv brasileira que era ela quem cantaria o hino da televisão (uma letra vergonhosa) na inauguração da mesma nestas terras de Anchieta. Era a Tv Tupi de Assis Chateaubriand, no mesmo canal 4 que depois viria a ser a TVS (hoje SBT) de Silvio Santos depois deste tê-la comprado sucateada no terreno do Sumaré.
É sabido que Hebe 'deu bolo' no dia da inauguração ao vivo e sem cores para alguns aparelhos televisores importados especialmente para a ocasião, pois, teve uma reconciliação com seu amante casado. Não titubeou em optar pelo programa escolhido e hoje, é motivo de piada.
Vinda do rádio onde estreou com uma dupla sertaneja com sua irmã Stella. As duas que acabavam de chegar de Taubaté se apresentavam como 'Rosalinda e Florisbela'. (Lembra da dupla sertaneja formada pela Donatela e Flora na novela 'A Favorita'? Era inspirada nelas, até a 'música de trabalho' - Beijinho Doce - era a mesma).
Findou o rádio, iniciou na tv. Passou pela Tupi, pela Band e voltou para o SBT onde está desde 1980 e picos. Seu programa é referência para a maioria dos programas de auditório no estilo papo e sofá como alguns quadros da Xuxa, Ana Maria Braga, Ronnie Von. Não é a tôa que hoje em seu retorno estavam na platéia as duas loiras acima, Marília Gabriela, Astrid Fontenelle, Carlos Alberto da Nóbrega, Moacir Franco, aqueles jurados do 'Qual é o seu talento? (antigo: Ídolos)', o presidente da Nestlé, famosos 2o. escalão em geral (César Filho e afins).
Todo mundo sabe que 'la madre Globo' não libera ninguém muito menos do nipe Xuxa, mas, dessa vez liberou. Inclusive quando foi internada, o próprio Jornal Nacional fez uma reportagem grande e, como disse, a Globo simplesmente ignora os concorrentes. Hebe não é alguém a quem se possa ignorar.
Salve Hebe! Salve muitos anos de vida e de sofá! Gracinha!

Amanhã coloco o vídeo dela cantando 'Ói nóis aqui traveiz!' que é sensacional. Por enquanto entre no youtube e veja a entrevista que ela deu para o Jô com a Lolita e a Nair em 2000. Uma das coisas mais engraçadas que eu já vi!

Hebe anteontem:


Hebe ontem:

domingo, 7 de março de 2010

Una vez más...

Quer saber a última dos argentinos? Levaram Oscar!! E quer saber mais? Com um dos melhores filmes que eu vi nos últimos tempos e que já postei aqui várias vezes. Ele mesmo: 'O Segredo de seus olhos' do Juan Jose Campanella com Ricardo Darín. Esse filmaço desbancou de longe o pobre 'Salve Geral' de Sérgio Rezende (tanta coisa melhor para indicar!), onde a única coisa que 'salva', mas, não chega a ser 'geral' é a Denise Weinberg.
A gente devia era ter mais vergonha na cara. Os argentinos fazem um filme sensacional e a gente acha que por sermos a maior potência da América do Sul qualquer coisa serve. Serve não, meu amigo! Tem que ser é muito bom! E mais uma vez aqui declaro fim a guerra idiota de paixão brasileira X paixão argentina, pricipalmente nos casos de cinema e futebol.
O primeiro é sabidamente mérito dos hermanos. No segundo há uma diferença crucial: no Brasil é doença e na Argentina é paixão. Aqui se mata por futebol, lá, se chora. Essa é a diferença. E depois ainda dizem que brasileiro é o povo mais festeiro. Só não contam que algumas vezes a festa acaba em pancadaria.
É isso aí! To feliz! Mereceu muito por mais que eu nem considere muito Oscar. Acho o Festival de Havana, o Festival de Veneza, de Berlim e Canne muuuuito mais legais.
Só para saber, Capanella havia sido indicado pelo 'O filho da noiva' também com Darín, mas, não levou, dando agora o primeiro Oscar da Argentina (só pra lembrar que a gente não tem nenhum e que quase levou com 'Cidade de Deus' e 'Central do Brasil' - que também indicou melhor atriz: Fernandona Montenegro).
'O Segredo...' é a maior bilheteria da Argentina nos últimos 34 anos. Aqui no Brasil está em cartaz há algumas semanas. Não perca!

Peggy Sue - seu passado e seu presente.


No filme 'Peggy Sue - Seu passado a espera', a personagem pricipal vivida por Kathlen Turner tem a chance de mudar seu passado, quando num desmaio volta no tempo. Francis Ford Coppola é o diretor deste que é um dos clássicos dos anos 80. Ao voltar no tempo, saindo do seu cotidiano de dona de casa lá pelos 40 anos, ela se vê em 1965 aos 15 com seus dilemas, amores, desamores e principalmente as besteiras que a gente faz... ou deixa de fazer.
É impressionante como muitas vezes nossas vidinhas parecem mesmo um roteiro de filme. Mesmo numa megalópole como São Paulo, as vidas se cruzam formando um enredo impecável. Em uma só noite, em uma balada que deveria ser uma alternativa ao lugar de sempre e às pessoas de sempre, parece que todos tiveram a mesma idéia.
Então de repente você vê o cara 'de uma noite apenas' com a namorada. Você encontra aquele carinha que é simpático, mas, não rola e não larga do seu pé, que óbvio, fica grudado em você a noite inteira impedindo novidades. Ali também estão o melhor amigo de infância do grande amor da sua vida (só que ele ainda não sabe que o é), e fica sabendo que o seu pré-destinado desde gerações (só que ele ainda não se deu conta disso) está a caminho. Ex-colegas de clube da adolescência também se encontram por ali, aos montes, gente que não se vê há cerca de 10 anos. Fechando o circulo, o ex-ficante daquela sua super amiga que já está casada.
Por fim como sempre, em vez de ir embora à francesa, você fica e faz tudo errado: perde a oportunidade de se declarar para o grande amor e... ainda fica com um carinha que é a cara do David Silver numa versão loira! E ainda beija mal.....

sexta-feira, 5 de março de 2010

Só em português.

"A saudade é uma filha da puta que entra na sua sala sem pedir licença. senta no sofá da frente e fica te olhando como se dissesse: 'sua babaca!'" - Clarah Averbruck

quarta-feira, 3 de março de 2010

Que coisa, não?

Há cerca de 10 dias postei aqui sobre a propaganda nova da cerveja Devassa. Justamente elogiando a qualidade e boa idéia da propaganda, afinal, nada mais 'subliminarmente direto' que a mais loura e mais devassa Paris Hilton. Loura Devassa e loura devassa. Perfeito. Bonito. Excitante. Até eu que nem gosto de cerveja tomaria uma Devassa daquela...
Pois é... tiraram do ar.
Que coisa, não?
Pois é... foi denunciada por consumidores que alegaram ter forte apelo à sensualidade.
Que coisa, não?
Devem ser os consumidores que se embriagam e ficam sentados bêbados nas mesas de botecos cheias de crianças em volta aprendendo bem como se deve beber e ouvindo músicas digamos assim, menos apelativas, tipo essas que tocam nas rádios populares. Coisa do tipo "ela senta e levanta, pára na posição, cabecinha, cabecinha", ou até mesmo a 'simpática' "você não vale nada, mas eu gosto de você". Mas isso não é apelo á sensualidade. Por isso não tem problema. Isso é sexualidade explícita de baixo calão e moral!
Acredito que quem denunciou possa ter uma filha de cinco anos que usa salto alto e maquiagem e que ele(a) acha lindo, 'uma mocinha', afinal 'essa menina tem um gênio'. E acha lindo ela 'rebolar até o chão', além de fazer de tudo para o apelido 'menina maçãzinha' pegar. Deve chegar em casa, ligar a tv no BBB e deixar a criança lá até altas horas, porque 'não adianta, ela não dorme cedo'.
Aí esse tal consumidor percebe que uma propaganda insinuante é muito mais provocativa do que sexo explícito. Agora, consumidor consciente, eu pergunto: o que é mais bonito? A Paris Hilton em um edifício da zona sul carioca num dia de sol, bem vestida, ao som de jazz e tomando uma Devassa, ou a Mulher Melancia na Baixada 'passando um cartão' num baile funk?
Situações onde menos é mais. Elementar meus caros.
Mas é o tal negócio. No Brasil andar de carro ainda é 'chique', mesmo sendo uma caca véia poluidora. Vemos cada vez menos investimento (não estou falando de governo) no cérebro e mais na lipo. O que podemos esperar de gente que pensa assim?
É uma pena. Pois a Paris Hilton bem loura e bem devassa é um colirio para qualquer um.
Bom, mas aqui você vai continuar Devassando por quanto tempo quiser! Bom proveito!

terça-feira, 2 de março de 2010

Tá Combinado!

Nós mulheres somos uma especiezinha estranha. Nos fazemos de difíceis, de duronas e as 'mais mais' nisso são as 'mais mais' manteiga derretida. Que dizem estar tudo muito bem e fazem sexo como homens, mas no dia seguinte, se ele não liga choram como dondocas. Ou então nos mostramos fáceis, sinceras e aí meu bem... só depois das 3h da manhã ou de algumas cervejas, porque tudo que é fácil, é sabido, ninguém quer.
E além do que, tá certo botar uma 'banca' de 'dificil'. Umas são mesmo. Na verdado, não é uma questão de ser fácil ou dificil, mas uma questão de 'coração Flex', ou seja: ou você leva porrada e sofre, ou você leva porrada, levanta, sacode a poeira, dá a volta por cima e vai levar porrada denovo, mas tudo bem, porque você é Flex.
O tipo que sofre não quer se envolver novamente. Não tão cedo. E passa a acreditar que quando o relógio biológico gritar, a melhor solução será adotar uma criança abandonada. De preferência com mais de 3 anos (assim você se livra das fraldas) e rezando para não cair nenhum nome bizarro com o qual você tenha que juntar seu sobrenome (afinal depois dos 3 anos de idade não pode mais trocar o nome da criança).
Então, esse tipinho que sofre e sempre vê aquela cicatriz que por mais que esteja curada serve para dizer: 'E aí? É nóis na fita denovo?', não se envolve fácil. Pegar na mão por exemplo, só depois de muito sexo. E sem esperanças que seu telefone toque. Afinal, não quer nada nem ninguém além de você mesma, alguém que nunca te fará sofrer ou vá te abandonar. Sua melhr companhia.
E o trato é esse. Você pra lá, e eu pra cá. E cada um toca sua vida. Em outra cidade, em outro país, em outro contexto. Melhor assim: nos encontramos, nos divertimos e tchau. Combinado e seguido a risca.
Três meses depois o telefone toca. E não existe sensação melhor. Muito melhor do que um telefonema no dia seguinte: "Fiquei pensando... putz! Essa mina era tão bacana, a gente se deu tão bem, foi uma viagem fantástica, não foi?" Com certeza foi.
E sem paixonites, segue Bethânia e Leminski.

"Essa vida que eu quero querida
Encostar a minha
Na tua
Ferida"