terça-feira, 14 de setembro de 2010

Borderline?

E eu que já vesti camiseta dos 'Sem Terra' e passei quase uma semana em um assentamento em Itupeva tomando água barrenta e comendo o porco que eu mesma via matar e pelar e ficar rodando na fogueira hoje admito sem vergonha: eu tomava vermífogo diariamente com medo de pegar 'coisas'. Até de outro mundo.

E acho estranho que hoje eu esteja muito mais confortável dançando 'Material Girl' ('cause we are living in a material world') indo contra tudo aquilo que meu pai sempre quis passar aos filhos na balada mais cara da cidade, onde qualquer coisa menos que um jaguar é carroça, pelo menos uma vez na semana.

E o pior é que eu, que já fui a passeatas pró cultura e já disse 'Hay gobierno soy contra' hoje voto abertamente na Marina (a candidata dos modernos, segundo dizem) e concordo com o Plínio (que eu brinco com minha vó de 90 anos que é um 'partidão' do partidão) que ao deparar-se com a falta da Dilma no debate da Tv Gazeta disse 'a moça não está presente'. Parece que a 'moça' tinha virado avó e por isso não compareceu. Podia ter avisado, não?

Pois eu, que admirava a 'moça' antes de virar a 'monstra' não fui questionada sobre se iria ou não votar nela. Assim como meus amigos, meus funcionários, meus parentes, meus colegas de trabalho. Tanta gente tão diferente que eu conheço. O censo está levando em consideração? Não me perguntaram e nem a eles. E como se explica esses 50%?

Lá em cima. Lá onde costumam dizer 'na falta de farinha meu pirão primeiro'.

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