domingo, 2 de maio de 2010

O beijo não vem da boca

Com essa frase Inácio de Loyola Brandão intitula um de seus livros mais lidos. A geração nascida na década de cinquenta que leu o livro na sua estréia em meados de 1980 deve ter se identificado inteiramente com o personagem perdido em busca de sua nova vida interior e exterior (seja porque resolveu realmente sair de si e de sua cultura indo numa viagem aparentemente sem volta à Berlin justamente por ser o oposto da latinidade) ou seja pelo renascimento de um novo Brasil em fins de ditadura militar.
Nossa geração (nascidos por volta de 1980) pode até saber o que foi o periodo das decadas de 1960 e 1970, mas, não viveu. tem sua opiniao e vivencia se é que se pode chamar assim a partir das memorias dos pais e dos avós. Não viveu por conta propria.
Esse livro poderia também chamar 'O homem em cima do muro'. Pois é isso que o personagem faz o tempo todo. Se auto exila em Berlin, não vai atrás de seus amores, não assume os filhos.
Vale sim uma marofa. É Loyola!

"O beijo não vem da boca, vem do coração"

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