segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

O tiro na culatra (que nem saiu!)

1) Garota (ai caramba... mas eu já tenho 28!) caminha por avenida residencial porém iluminada e com algumas lojas de serviços, em bairro bacana, a noite, fazendo o trajeto academia-casa. Roupas 'á vontade' suada, mochila nas costas, ouve música com fone de ouvidos. Há movimento normal na rua: nem cheia nem deserta.

2) Em frente a um ponto de ônibus localizado na calçada de uma agência bancária fechada pelo horário, um homem magro, alto, cerca de 25 anos, moreno escuro (não, não é negro, é moreno escuro mesmo) cruza a calçada em direção à rua e percebe a garota que vem vindo em sua direção.

3) A garota percebe o homem e lembra vagamente de quando quase foi assaltada no Rio de Janeiro exatamente um ano antes (Vide: 'Cada um tem o Jackson que merece').

4) O homem olha para a garota e coloca a mão na cintura como que procurando algo e faz marcar na altura da calça um 'retângulo' como um caixa de óculos. Olha para ela.

5) A garota pensa: 'Não, né? Ele não vai querer vir tentar me assaltar dizendo que isso e uma arma, né?'

6) O homem se aproxima da garota e diz 'Hei! Eu tô armado!'

7) A garota não dá bola e segura o riso. Obviamente aquilo é patético. Não passa de uma caixa de óculos. Diz 'Ah, tá!' e continua andando.

8) Ao primeiro passo dela, ele segura sua blusa na altura do ombro direito tentando empurrá-la para a parede.

9) Ela 'dá um chega pra lá' nele e fala séria: 'Sai!' levantando os braços.

10) Ele, frustrado, se re-encosta no muro de onde nunca deveria ter saido. Pensou que quem deveria assustar quem seria ele a ela, e não ao contrário! O máximo que ele pode foi dar um estalo na alça do sutiã dela quando segurou sua blusa. Um pouco só mais bruto do que os meninos da 5a série costumavam fazer.

11) Ela que em momento algum pensou em parar de andar, pensou no ridículo da situação. Ainda teve tempo de olhar para trás e ver a cara dele 'emputecido' com a frustração. Não aguentou, teve um acesso não-histérico de riso. Foi uma gargalhada interna, entendida e pensada.

12) Um senhor que viu o breve fato de longe, riu junto, desaprovou o frustrado e nem se deu o trabalho de atravessar a rua para não passar por ele em seu caminho.

NÃO SE FAZEM MAIS ASSALTANTES COMO ANTIGAMENTE!

NÃO FAÇAM ISSO! SE OS SINTOMAS PERSISTIREM, PROCUREM UM MÉDICO!

'eu juro que é melhor... não ser um normal... se eu posso pensar, que Deus, sou eu! e Brrrrrrrr'

Foi mais ou menos assim:

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