quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

New York Posts - 1

Bom, depois de uma viagem sensacional de trem contornando o Rio Hudson partindo de Montreal e chegando em NY, mesmo na chuva a city that never sleeps se mostra cinematografica. Metro, chuva. Gente, chuva. Arrebenta a alca da minha mala que acabei de comprar, chuva. Neguinho cantando uma merda de musica no metro, chuva. Neguinho cantando uma merda de musica no metro ha muito tempo e o metro nao chegando e irritando muuuito. Chuva.
'It's raining cats and dogs' diria meu pai que nao fala ingles.
Desce do metro e o mapa enanoso te faz andar e, andar e, andar. Chuva. Brooklyn. Rua vazia. Escuro. Sozinha. Chuva. Mais de 22 horas.
Chego, sem placa. Campainha, nao tem. Um homem de capuz grita da chuva: ' Downstairs!' e eu respondo macha: ' Downstair where? My friend!' Com certeza meu cabelo desgrenhado, molhado e eu com olheiras e cansada auxiliou no respeito.
Achei. Entrei. Quatro homens: um loiro com cara de Tiros em Columbine, outro com cara de indio mas na verdade e colombiano, outro com cara de bandido mesmo e um negao tipo dente de ouro. Fudeu!
Nessas horas que eu me dou parabens por ser tao pao-dura e metida a esperta. Amo NY, mas a patricinha aqui nunca tinha ficado do lado de ca da ponte, ne.... Bom agora e aquela situacao: `se o estupro e inevitavel, relaxa e goza' ou ainda ' estupra.. mas nao mata!'.
Pensei rapido e pior seria sair movamente na chuva, frio e escuridao sozinha em busca de algo melhor. Ja ta agora fica. Forca, coragem, vigor, energia e perseveranca. Outro detalhe que estava comecando a pegar: fome. Ah! E meu quarto e misto (pq e mais barato logico).
O local e antigo, mas e bem limpinho. O banheiro e super em ordem. Tranquei minhas coisas no armarinho e, novamente macha, desci para perguntar onde eu poderia comer algo. Todos fizeram cara de `ai, ai, ai`. `Isn't it really safe?` perguntei sabendo a resposta. Gaguejaram e me indicaram a loja de conviniencia da esquina. Tri-macha (para as gurias de POA isso) estufei os peitos, coloquei meu gorrinho sem-teto do Atsa e meti o casaco preto com gorro. Fui, falei grosso alto e complicado com o velhinho da loja. Perguntei pelo fast-food e ele me indicou o chines duas casas ao lado. 
Na frente ha uma delegacia. Nao sei se isso e bom ou mau sinal.
Fato e que pela minha macheza ninguem se aproximou de mim. O mais dificil de tudo foi entender o que o chines (que e da China mesmo) estava dizendo no linguajar pessimo e com sotaque chino (mais chiuno que ingles mesmo) e com acento `yoh` aqui da area. Isso foi tarefa de Chapolim Colorado mesmo. Uma brasileira que estava em Montreal ouvindo frances e ingles com sotaque frances ha 10 dias e depois de 11 horas de trem e metro. Foi punk.
Na volta comecei a conversar com o colombiano. Gente fina, jogador de futebol do New Jersey e entende um pouco de portugues porque jogou em Portugal. Jantamos juntos. Ele um miojo e eu o chino (a comida do chino). 
O que parece bandido nao e nao. Gente boa tambem. So estava com frio. O Tiros em Columbine ficou meu amiguinho e me emprestou um livro sobre New York de fotos antigas. O outro e uma simpatia. Vamos ver. Essa noite to por aqui. Amanha de manha com o dia claro eu resolvo o que vou fazer.



3 comentários:

  1. Caraca! Tri-macha mesmo! (eu que não sou de POA, mas poderia ser...)
    Acha um lugar melhor, Lau!
    Se cuida. Beijos

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  2. Lalá...meuu...sai daí já...tô mandando...chega de ser macha!Ateh eu tô com medo!!Dê notícias!!Tô preocupada!bjo

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  3. tá demorando muito, cade vc? espera q tenha encontrado pessoas mrvlhossss e esteja se divertindo muito...bjssss

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