quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Tempo: mano véio!

As vezes eu penso sobre como as coisas eram e como elas ficaram. Sobre como eu achei que seriam e sobre como até hoje eu não sei como ficarão. Há 12 anos eu estava saindo do colegial e tinha um grupo de amigos 'de sempre' com as mesmas roupas e os mesmos gostos, um namorado cujo sobrenome por um bom tempo o meu nome e muitas certezas. Fazer uma faculdade, fazer teatro e, lógico, não ser loser nem frustrada, afinal, segundo minhas ambições, antes mesmo de terminar qualquer coisa eu já estaria me dando muito bem e, a faculdade seria apenas um 'plano Z'.
O tempo foi passando e as coisas demoram a acontecer. São os paradigmas que mudam ou somos nós que desistimos daquilo que queríamos cedo demais?
Hoje consigo entender o que significava quando minha mãe dizia que eu ia sentir falta do colégio. Não é do colégio em si que eu sinto falta, pelo amor de Deus! No sentido acadêmico tive uma experiência traumática durante o colegial. Mas sinto saudades do clima, das malandragens, de aprontar umas e outras (e como eu aprontava!).
Mais ou menos um ano depois, o namoro já estava para dançar, os amigos tinham tomado outros rumos e sobraram apenas uns dois ou três, fora os novos agregados da turma. Alguns haviam mudado de casa, outros de bairro e até de país. Outros dois se casaram formando um casal inimaginado e que hoje tem uma filha de uns 10 anos.
Life changes.
O outro namorado eu já conhecia a tempos, mas, nunca havia imaginado ter qualquer coisa. Aliás, ninguém havia imaginado. Foi o namoro mais estúpido que tive e o que mais sinto falta. Durou cerca de 1 ano e meio e podia ter durado mais. Claro que nesse tempo, novos amigos de infância surgiram. E pode parecer estranho, mas, percebi que na verdade eu nunca tive nada a ver com as pessoas que eu andei durante a adolescencia, salvo esse namorado de tempos.
Depois do 'namoro estúpido' tive um namoro arranjado, um namoro tesão, um namoro rebelde e um namoro marido que seria perfeito. Nada durou mais que 5 meses. Até hoje quando eu penso em ex-namorado penso nesses dois primeiros: um porque era o cara que iria passar o resto da vida comigo, que tinha tudo a ver, que combinava em tudo e, o outro porque era um cara que eu não passaria o resto da vida, não tinha nada a ver, que não combinava em nada comigo. Mas com ambos eu fui muito feliz. Só que eu não sabia.
Com o primeiro tentei um encontro a pouco tempo e descobri que o cara que eu conheci não estava mais lá, embora aparentemente continuava tudo a mesma coisa. Ou não estava mais lá, ou não estava mais aqui, não sei.
E as vezes o que você quer é simplesmente re-encontrar o seu porto-seguro, o amor está nos momentos e fases que passamos juntos e é triste saber que o tempo passa para tudo e nem sempre as coisas saem como planejado.

Um comentário:

  1. "o tempo passa e nem sempre as coisas saem como planejado"...comprovadíssimo, unhappy!!

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