Strike a pose ou O diabo não é tão feio quanto lhe parece....
"Vogue: s. 1. voga; 2. moda; 3. popularidade"
Acho que preciso conversar com minha xará Laureen que foi assistente da toda-temida e toda-poderosa Anna Wintour e que escreveu 'O Diabo veste Prada' em 'homenagem' à ex-patroa. Começo a suspeitar de 'vingancinha' por lhe fazer trabalhar sem descanso. Hoje assisti ao documentário 'Vogue- The September Issue', que é realmente um registro do trabalho da tal bruxa má.
Ok. Não sou uma imbecil tão completa a ponto de acreditar que seja realmente tudo verdade e que nada tenha sido cortado, mas, também acho pouco provavel que a edição seja tão boa a ponto de criar uma mentira para desfazer o sucesso da ex-estagiária. Então vamos ficar assim: tanto Anna como Laureen (coincidencia ou não meu nome de batismo é Ana Laura....) são humanas e isso consiste em ser boa e ser má ao mesmo tempo.
A Anna é sim a mocinha da história dela. E que mocinha! É só pensar a responsabilidade que é editar uma revista, ou melhor, uma publicação como a Vogue americana por anos. Só a edição de setembro, que é a mais importante do ano por ser o inicio do ano da moda, ou seja, o lançamento da coleção outono/inverno e, neste caso o que vai vestir o mundo no ano seguinte, teve em 2008 840 páginas. Atenção: 840 páginas! É maior que a maioria dos livros que você já leu! Ela tem um ano para deixar isso pronto fora as edições mensais.
A crítica sempre no afã de encontrar algo que justifique 'xiliques a toa', publicou que no filme mostravam ela 'jogando fora um ensaio fotográfico que havia custado cerca de 500 mil dólares'. Primeiro que ela não jogou fora, nem rasgou nem deu escândalo. Ela descartou fotos que não gostou. Essas eram da celebrity Sirena Miller, tiradas especialmente por Mário Testino em Roma. Realmente, mesmo para quem não trabalhe na área, é compreensível isso acontecer quando o fotógrafo não tinha as famosas 'rebarbas' (fotos extras) e quando o que ela havia combinado com ele não foi seguido à risca. Ela havia pedido fotos que não foram feitas.
A Revista Vogue tem uma tiragem mensal de cerca de 2 milhões de exemplares. Um exemplar custa algo em torno de R$ 40,00. Isso significa que por mês estamos falando de pelo menos R$ 80.000.000,00 e ao ano R$ 960.000.000,00. Acha mesmo que 500 mil dólares ou 1 milhão de reais importam? Ah! Esse valor seria só nos Estados Unidos, não esqueçam que mesmo sendo a Edição Norte-americana podemos encontrá-la no mundo todo.
Agora voltando ao principal: quem acha que ela tem que ser bem boazinha e se arriscar a perder não só o emprego mas a confiabilidade ou o status que nesse caso seria apenas o início da ruína não só dela mas da empresa que não é dela e de centenas de pessoas que trabalham com ela ou para ela? Não falo apenas no sentido 'ego de artista' que se alguém não gosta do que foi feito a pessoa não trabalha mais até o outro se retratar... (algo bem dramático mesmo...). Anna é muito mais prática. Ela quer resultado. Ao contrário do que falam que ela chega a ser mal educada, discordo. Ela é 'sêca na paçoca' mas no filme todo não a vi pedir algo sem um por favor ou um muito obrigado.
Vi mais! A vi em sua casa com sua filha a quem parece ter muito carinho e a filha por ela. Mãe e filha. Família mesmo. Até para o documentarista a vi esboçar alguns sorrisos. Ela quer resultados. Ela precisa de resultados. Não pode bobear. É entendível que não se envolva afetivamente com que trabalha pois senão a cobrança fica muito mais dificil e o resultado positivo mais longe. Admiro.
O documentário mostra também que a Vogue não é só Anna Wintour. É também Grace Jones, que começou na revista como modelo e hoje é editora de arte. Ambas entraram na revista na mesma época. Anna reconhece e respeita o trabalho de Grace, mas, como os demais ela algumas vezes também recebe cortes em seus projetos. Agora pergunto: alguém conhece Grace Jones?
Acho dificil. Pois saibam que a edição de setembro de 2008 foi quase inteira de Grace Jones, mesmo que os nomes de capa fossem Siena Miller e Mario Testino. Grace tem 150% a mais de espaço com suas criações que as celebridades. E além disso, Grace dá uma aula de como manter seu emprego e a ética profissional com calma e... trabalho. Ela quase teve todo seu trabalho no lixo. O que fez? Ficou de mal-humor 1 dia a partiu pra luta.
Se por detrás de um grande homem tem sempre uma grande mulher. Por trás de uma grande mulher como Anna Wintour tem sempre uma outra grande mulher como Grace Jones.
"Vogue: s. 1. voga; 2. moda; 3. popularidade"
Acho que preciso conversar com minha xará Laureen que foi assistente da toda-temida e toda-poderosa Anna Wintour e que escreveu 'O Diabo veste Prada' em 'homenagem' à ex-patroa. Começo a suspeitar de 'vingancinha' por lhe fazer trabalhar sem descanso. Hoje assisti ao documentário 'Vogue- The September Issue', que é realmente um registro do trabalho da tal bruxa má.
Ok. Não sou uma imbecil tão completa a ponto de acreditar que seja realmente tudo verdade e que nada tenha sido cortado, mas, também acho pouco provavel que a edição seja tão boa a ponto de criar uma mentira para desfazer o sucesso da ex-estagiária. Então vamos ficar assim: tanto Anna como Laureen (coincidencia ou não meu nome de batismo é Ana Laura....) são humanas e isso consiste em ser boa e ser má ao mesmo tempo.
A Anna é sim a mocinha da história dela. E que mocinha! É só pensar a responsabilidade que é editar uma revista, ou melhor, uma publicação como a Vogue americana por anos. Só a edição de setembro, que é a mais importante do ano por ser o inicio do ano da moda, ou seja, o lançamento da coleção outono/inverno e, neste caso o que vai vestir o mundo no ano seguinte, teve em 2008 840 páginas. Atenção: 840 páginas! É maior que a maioria dos livros que você já leu! Ela tem um ano para deixar isso pronto fora as edições mensais.
A crítica sempre no afã de encontrar algo que justifique 'xiliques a toa', publicou que no filme mostravam ela 'jogando fora um ensaio fotográfico que havia custado cerca de 500 mil dólares'. Primeiro que ela não jogou fora, nem rasgou nem deu escândalo. Ela descartou fotos que não gostou. Essas eram da celebrity Sirena Miller, tiradas especialmente por Mário Testino em Roma. Realmente, mesmo para quem não trabalhe na área, é compreensível isso acontecer quando o fotógrafo não tinha as famosas 'rebarbas' (fotos extras) e quando o que ela havia combinado com ele não foi seguido à risca. Ela havia pedido fotos que não foram feitas.
A Revista Vogue tem uma tiragem mensal de cerca de 2 milhões de exemplares. Um exemplar custa algo em torno de R$ 40,00. Isso significa que por mês estamos falando de pelo menos R$ 80.000.000,00 e ao ano R$ 960.000.000,00. Acha mesmo que 500 mil dólares ou 1 milhão de reais importam? Ah! Esse valor seria só nos Estados Unidos, não esqueçam que mesmo sendo a Edição Norte-americana podemos encontrá-la no mundo todo.
Agora voltando ao principal: quem acha que ela tem que ser bem boazinha e se arriscar a perder não só o emprego mas a confiabilidade ou o status que nesse caso seria apenas o início da ruína não só dela mas da empresa que não é dela e de centenas de pessoas que trabalham com ela ou para ela? Não falo apenas no sentido 'ego de artista' que se alguém não gosta do que foi feito a pessoa não trabalha mais até o outro se retratar... (algo bem dramático mesmo...). Anna é muito mais prática. Ela quer resultado. Ao contrário do que falam que ela chega a ser mal educada, discordo. Ela é 'sêca na paçoca' mas no filme todo não a vi pedir algo sem um por favor ou um muito obrigado.
Vi mais! A vi em sua casa com sua filha a quem parece ter muito carinho e a filha por ela. Mãe e filha. Família mesmo. Até para o documentarista a vi esboçar alguns sorrisos. Ela quer resultados. Ela precisa de resultados. Não pode bobear. É entendível que não se envolva afetivamente com que trabalha pois senão a cobrança fica muito mais dificil e o resultado positivo mais longe. Admiro.
O documentário mostra também que a Vogue não é só Anna Wintour. É também Grace Jones, que começou na revista como modelo e hoje é editora de arte. Ambas entraram na revista na mesma época. Anna reconhece e respeita o trabalho de Grace, mas, como os demais ela algumas vezes também recebe cortes em seus projetos. Agora pergunto: alguém conhece Grace Jones?
Acho dificil. Pois saibam que a edição de setembro de 2008 foi quase inteira de Grace Jones, mesmo que os nomes de capa fossem Siena Miller e Mario Testino. Grace tem 150% a mais de espaço com suas criações que as celebridades. E além disso, Grace dá uma aula de como manter seu emprego e a ética profissional com calma e... trabalho. Ela quase teve todo seu trabalho no lixo. O que fez? Ficou de mal-humor 1 dia a partiu pra luta.
Se por detrás de um grande homem tem sempre uma grande mulher. Por trás de uma grande mulher como Anna Wintour tem sempre uma outra grande mulher como Grace Jones.
Para marofar legal:
Leia:
Ouça:
- Suddenly I see - KT Tunsdall (Tema de 'The Devil Wears Prada')
Assista:
- O Diabo veste Prada. (O filme, com Merryl Streep e Anne Hataway)
- O Viado vesta pra dá. (Uma sátira ao filme com o travesti Thália Bombinha)
Websites interessantes:
- O Diabo Veste Prada (Oficial - muito bacana! Tem até joguinho!)
- Chic - de Glória Kalil (nossa versão brasileira)
SERVIÇO: 'Vogue: September Issue' ('Vogue: a Edição de Setembro') - Documentário - Anna Wintour, Grace Jones e Outros. USA. 2008.