sábado, 5 de setembro de 2009

Música é perfume.. e ultrapassa barreiras...

Corre na televisão e no país o jogo do Brasil contra a Argentina nas eliminatórias da Copa. Neste momento, 2x0 para o Brasil, ouço apenas o locutor e um cachorro que insiste em latir. Nem carro na rua, nem nenhum outro tipo de barulho. Nossos hermanos mais tapas e beijos da América do Sul, nosso vizinho de quintal preferido.
A Argentina tem em sua essencia um 'quê' de deslocamento. Uma vontade e uma questão de honra, praticamente os representantes da América Latina na Comunidade Comum Européia. Bem que eles gostariam de poder usar o EURO como moeda corrente do país. Está com saudades de Madrid mas está sem grana? Vá para Buenos Aires! (Que diga-se de passagem é tão agradável quanto).
Das coisas que gosto de Buenos Aires além de alfajores, está a livraria El Ateneo na Avenida Santa Fé, qualquer 'Café' que se possa sentar e passar a tarde simplesmente lendo um livro. Isso sem falar do cinema argentino. Ressucitado mas por mim desde muito apreciado nos fantásticos documentários do mestre Solanas.
E a música? Assistir um concerto no Teatro Colón é delirante. A música...imediatamente me vem dois grandes à cabeça: Astor Piazola e Carlos Gardel. Do primeiro, a que mais gosto é 'Adiós Nonino'. Do segundo são 'El Día que me quieras' e 'Por una cabeza'.
Sentir a música, segundo Maria Bethânia, é como um perfume. Essas devem ser sentidas em todas suas notas, deixando que domine tempo e espaço. Versáteis são extremamente sedutoras. Coincidências a parte, não à tôa, 'Por una cabeza' protagoniza uma das cenas clássicas universais do cinema: o tango de Al Pacino em Perfume de Mulher. Como disse: música é perfume.
Uma amostra da versatilidade, do que expressa o sentimento desses 'europeus' em terras indígenas, é a banda Los Pericos, um ska semelhante e contemporâneo de Paralamas do Sucesso, que regravou o sucesso de Gardel. (Abaixo estão as duas versões em videozinhos de Youtube).
Avante!



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