'Programa Casé: O que a gente não inventa não existe', documentário de Estevão Ciavatta sobre Ademar Casé, avô da atriz Regina Casé me deu sono no seus 2/3 iniciais. Não só em mim, mas em boa parte da platéia do Espaço Unibanco na Rua Augusta na sessão deste 13/04/2010 às 21h na Sala 1. Foram diversos 'piscadões' até eu resolver ir no banheiro 'inventar' um xixi para acordar e ... adivinhem em quem eu quase dou de porta? Não, não é o Ademar em pessoa porque senão eu não estaria mais neste plano. Regina Casé, a própria, que confessou na abertura ter assistido ao filme que o marido fez sobre o avô apenas uma vez três dias antes desta sessão. Ou seja, a pessoa estava assistindo um documentário que o marido fez sobre a família dela e já tava lá inventando um xixi.
Com certeza tava inventando porque o meu xixi travou na hora 'h' por eu ter encontrado a celebridade nessa situação íntima, mas, deu uma boa enroladela na pia que isso deu pra sacar. De volta ao meu lugar o filme pouco tinha progredido. Dos 80 minutos de duração, cerca de 55 são de imagens feitas pelo próprio Ademar nas décadas de 30 e 40 quando alucinado por tecnologias comprou uma 16mm. Me parece que é isso pelo menos.
O filme começa com longos depoimenteos de Ademar, o que cansa, pois, a princípio, eu não sei quem ele é. Aliás, continuo não sabendo. Sei sim que foi um pioneiro do rádio e que tinha um programa popular. Mais que isso sei que foi pioneiro em publicidade e mídia mesmo sem saber que o que ele fazia mais tarde se chamaria de Marketing e que ganhou muito dinheiro com isso. Tipo um Samuel Klein das Casas Bahia.
O documentário tem imagens interessantes para quem se interessa pelo cotidiano de outrora, uma Avenida Rio Branco vazia no centro do Rio, Recife antigo, os cafés, enfim, toda a atmosfera em preto e branco. Então fala-se das migrações da família Casé até chegar no Rio no início dos anos 20 e, sei lá como, Ademar virou locutor e sei lá como, pela criação de uma propaganda para uma padaria no Botafogo ficou rico. Tenho certeza que não foi assim mas, é assim que o filme conta.
Os depoimentos pouco importam, não interessam, não acrescentam. O principal não foi falado: é um documentário biográfico e eu sai do cinema sem saber quem é o personagem, a menos que ele gostava de ser rico e não tinha muita cultura. Teve um programa de rádio que depois foi para a tv. Com? Não sei? Que programa era? Se chamava programa Casé e no início houve uma tentativa de divisão em popular e erudito que não deu certo partindo para o popular.
Qual o jingle? Não sei. Dizem que Ademar foi o inventor destes, mas, o de seu próprio programa acho que não mostraram.
Cheguei em casa e perguntei para minha avó de 90 anos sobre o personagem. Culta e tendo vivido na época, ela o conhece apenas de nome e, nao sabe do tal 'Programa Casé' que diziam fazer tanto sucesso. Mesmo tendo morado no Rio de Janeiro (em Niterói) na década de 1940.
Acredito realmente que tenha sido uma pessoa importantíssima para a mídia nacional, mas, acredito mais ainda que temos aí um tema interessante sem foco, sem linguagem e desperdiçado por mais que tenha boa qualidade técnica. Não etendi nem mesmo a frase que dá título.
Classificação por marofa:
- Vai fumar salsinha!
Também fiquei pensando na frase do título... Nada a ver!
ResponderExcluirAdorei a classificação por marofada (seguindo a linha do filme de "piadas internas")! É mais ou menos por aí mesmo...