terça-feira, 13 de abril de 2010

Não sei se estou pirando... ou as coisas estão melhorando

Acabo de chegar de uma sessão do Festival 'É Tudo Verdade' que traça um panomarama atual do filme documentário no mundo e principalmente na América Latina. Sempre frequentei essa mostra cujo curador é Amir Labaki uma pessoa que pensa cinema e vive o cinema idependentemente de seu glamour. Zita Carvalhosa que é curadora do Festival Internacional de Curtas pensa da mesma forma, aliás, os dois já foram casados e tem uma filha em comum. Dos grandes festivais de cinema aqui de São Paulo, a Mostra Internacional e talvez o Festival Mix Brasil completem os de maior renome. No entanto, Amir e Zita realmente vivem o cinema e não de seu glamour.

Em parte pela crise financeira mundial e em parte pela crise criativa os festivais tem diminuido sua demanda. Não saberia dizer se sua qualidade, mas, com certeza sua quantidade de sessões. Acredito que seja isso, afinal, há não muito tempo atrás vínhamos numa toada de documentários excelentes das safras de João Moreira Salles ('Nelson Freire', 'Santiago', 'Entreatos', 'Notícias de uma guerra particular'), do renascimento de Eduardo Coutinho ('Edifício Master', 'Jogo de Cena'), de redescoberta de Jorge Bodansky.... Agora me parece que deu uma cessada.

Me entristeceu o fato do Cinesesc não participar este ano. Me estranhou também, afinal, até o ano passado a sede do Festival era o próprio Cinesesc. Tenho um carinho particular por essa sala que foi quem me ensinou tudo sobre mostras e festivais de cinema. Não sei quem dispensou quem. Não sei sequer se alguém foi ou não dispensado, mas, para as poucas salas que ocupa esse ano, está de bom tamanho pelo número de filmes e debates. Pouquíssimas repetições.

Quase não me interessei por assistir algum, mas, como de praxe e quase por uma obrigação, fui. Escolhi à dedo 'O que não se inventa não existe', de Estevão Ciavatta sobre Ademar Casé, avÔ da Regina Casé, por acaso sua esposa.

Marofe o próximo post sobre esse assunto.

De qualquer maneira, nem que seja para não deixar a mostra morrer, pois, ela e todas as outras precisam existir em prol da cultura, aproveite que é gratuito, selecione um filme e vá! Em todas as salas e centros culturais que ocupa tem outroas opções de passeio onde se pode inclusive tomar café ou ler um bom livro.

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