segunda-feira, 25 de maio de 2009

IT´S GONNA BE ALLRIGHT – O DOMINGO DO SENHOR

Estava sossegada mas sempre em busca quando o Mr. P call me. OOOhh!!! Atendo como se este telefonem fosse usual:

- Alô!
- Lau? É o P …
- P…? - Me faço de desentendida - Ah! P…! Tudo bem contigo?
- Tudo certinho! Então, tava pensando o que você vai fazer hoje?
- Não sei … tô sussa. - Respondo na verdade rezando para que ele me faça aquele convite.
- Então, tive pensando, assim, que a gente nem tem falado muito sobre o assunto, né …
- Assunto… - Respondo torcendo para que seja aquele assunto.
- É.. hehehe … sobre espiritualidade.
- ESPIRITUALIDADE??? - Respondo disfarçando minha indignação.

Para encurtar a história, ele me convidou para ir na Igreja dele. Quer saber qual? BOLA DE NEVE CHURCH!! Primeira coisa que eu pensei foi: calma, se controla, o P. é um querido tem bom coração e tem bom … deixa.

Por um segundo me passaram na cabeça todas aquelas vezes que eu me martirizo por uma relação não dar certo, por eu ser tão radical e não aceitar os outros. Não ser flexivel. Não são todos que lêem Kant e daí?

Topei. Totalmente não querendo ir, mas pensei que depois … deixa.

Completamente escondida da TFP, com quem me deparo na porta do local lotado por fiéis (e infiéis tenho certeza, porque com aquele cabelo, não dá!) antes mesmo de achar o P? A filha da Neuzinha! (Pra quem não sabe, a Neuzinha cozinha na minha casa há anos!).

A vi vindo em minha direção e virei a cara literalmente depois de um período breve de choque.

Virei a cara e dei com P me aguardando. Fofo e com um sorriso enorme.

Me olhou e disse:

- Que bom que você veio! - e me deu aquelas beliscadinhas de tia na bochecha, sabe?

Nessa hora pensei que tinha feito a coisa certa. Tá vendo que cara bacana! E ele é mesmo! E depois quem sabe … deixa.

Eu, uma legítima Campos Soares de Carvalho adentrava aquele templo de Jesus. Meu Deus!

Já que estava lá, fiz de tudo para livrar minha alma das amarras mundanas e deixar o espírito livre para novas experiências. No começo funcionou. Fato. Tinha um cara bem bacana falando coisas que acontecem realmente na vida da gente. A diferença de padres e afins é que esse cara, é um ‘cara’ e ele fala português bem claro.

E o povo entende. E se identifica. E acredita.

Dessa vez não rolou aquela história do tipo: ‘dê tudo que você tem, dê seu salário, sua casa, etc’. Foi bem tranquilo.

Mais ou menos 50 minutos depois a coisa começou a me irritar. Uns e outros começaram com uns ‘Aleluia irmão!’ além da conta. Com uns ‘Amém!’ a mais e derrepente eu já estava com minhas antigas convicções do tipo: ‘Cê é burro?’

Louca, louca para ir embora e o P. orando… graças a Jesus que ele não é exaltado, ficou na dele! Aleluia irmão! Glória a Deus!

Quatro horas depois, eu disse, 4 longuíssimas horas depois… (eu desisti da Igreja Católica por 1 hora! … e otras cozitas más) eis que acaba! Ufa! Pensei que não fosse acabar nunca!

P. me olhava sempre com um sorrisinho do tipo ‘que bom que você está aqui’ e era o que me fazia permanecer. Essa é uma daquelas coisas simples que fazem o outro feliz. E que na verdade pra mim não custou muito, vai. Foi simples, mas foi extraordinário saber que eu tenho esse nível de importancia para uma pessoa que eu julgava só querer …

Meus planos para o ‘after God party’ não foram pra frente. Saimos em direção ao meu carro, pensei que fosse, mas, em cima do lance ele me disse que o irmão (de sangue … hehehe) iria buscá-lo. Me ofereci para levá-lo ao ponto de encontro e fomos. Ali nos despedimos com um delicioso…

- Adorei que você veio! Fiquei super feliz!

Quer mais? Na boa né … Se eu estivesse disponível como eu quero estar fato que estaria com ele.

(Güenta as pontas e vá em frente …)


(escrito - 22 de julho de 2008)

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