Como não ia conseguir trabalhar de jeito nenhum, fugi para o cinema. Peguei o Gigante Branco e corri para o Bristol onde teria a última sessão de Sex and The City - O Filme.
Eram 20h34 quando consegui sair de casa. O filme começava as 20h30.
Corri. Corri mesmo e sem medo. Dei buzinaço e andei na faixa de ônibus. Ah! E xinguei um cara num Ford ‘Ku’ vermelho que estava me irritando.
Estacionei. Subi galgando os degraus de dois em dois. Furei a fila, mas antes tentei explicar em vão se não poderia passar na frente, afinal meu filme já tinha começado. Então, quase com lágrimas nos olhos pelo péssimo dia, fui a um guichê vazio e contei minhas desgraças:
- Moço, fiquei quatro horas cultuando o Senhor, quase morri de fome e não achava nenhuma padaria aberta, arrombaram meu carro, a câmera de uma melhor amiga sumiu sob minha responsabilidade e eu quero ver um filme que já começou porque não consegui sair de casa antes.
Com os olhos fixos em mim, ele nem olhou minha declaração falsificada de carteirinha de estudante e me deu um ingresso. E disse: me DEU um ingresso. De dó mesmo!
Nem parei pra pensar. Agradeci e subi galgando os degraus desta vez de três em três. Foi a melhor coisa que eu fiz, acho que na semana que nem começou ainda.
É impressionante como me identifico com essa trama. E ali eu estava sozinha, rindo de mim mesma.
Vamos deixar os comentários cinematográficos para outra ocasião, mas, foi muito bom ampliar literalmente e esmiuçar e ver os outros colocando meus achares e sentires para fora na mais perfeita ‘ficção’.
Rapidinho, só de situações EU NUNCA:
- EU NUNCA vi nem vivi um relacionamento que não sei se ‘é namoro ou amizade’, ou ‘amizade colorida’, ou ‘amigo de foda’, ou simplesmente ‘melhor não rotular senão estraga’ (aliás, segundo o filme e eu tenho ahado também, essa recíproca é verdadeira).
- EU NUNCA guardei um segredo, que na verdade não é nada, mas, que perante as circunstancias coincidentes e as pessoas envolvidas se tornam um estopim que te fazem magoar os outros.
- EU NUNCA me senti pior ainda por ter feito algo sem pensar nem querer nem imaginar a uma amiga querida e levar um tremendo ‘vácuo’ te fazendo correr atrás da pessoa desesperadamente sem parecer que essa pessoa é aquela querida e íntima e que você nunca imaginou que … ‘até ela!’.
- EU NUNCA dormi tres dias e tres noites sem comer para enterrar de vez um imbecil que me fez fazer papel de idiota na frente de um monte de gente.
- EU NUNCA senti movimetos peristálticos indicando que o laxante está fazendo efeito … claro que isso não acontece quando você está sozinho dentro de casa com a porta do banheiro aberta ….
- EU NUNCA passei um Reveillón sozinha, pensando que todo mundo está estourando fogos e ’só eu’ estou aqui sozinha comendo miojo ou o que quer que o valha (se é que vale algo).
- EU NUNCA desculpei um cara porquê eu AMO deixando todas as amigas para as quais foram falados verdadeiros impropérios sobre o fulano se acharem umas idiotas por terem dito o que realmente acham dele em seu momento de fúria. E depois foi lhes procurar para dizer ‘que não era beem aquilo que foi dito’.
(to continued…)
(escrito - 22 de julho de 2008)
Eram 20h34 quando consegui sair de casa. O filme começava as 20h30.
Corri. Corri mesmo e sem medo. Dei buzinaço e andei na faixa de ônibus. Ah! E xinguei um cara num Ford ‘Ku’ vermelho que estava me irritando.
Estacionei. Subi galgando os degraus de dois em dois. Furei a fila, mas antes tentei explicar em vão se não poderia passar na frente, afinal meu filme já tinha começado. Então, quase com lágrimas nos olhos pelo péssimo dia, fui a um guichê vazio e contei minhas desgraças:
- Moço, fiquei quatro horas cultuando o Senhor, quase morri de fome e não achava nenhuma padaria aberta, arrombaram meu carro, a câmera de uma melhor amiga sumiu sob minha responsabilidade e eu quero ver um filme que já começou porque não consegui sair de casa antes.
Com os olhos fixos em mim, ele nem olhou minha declaração falsificada de carteirinha de estudante e me deu um ingresso. E disse: me DEU um ingresso. De dó mesmo!
Nem parei pra pensar. Agradeci e subi galgando os degraus desta vez de três em três. Foi a melhor coisa que eu fiz, acho que na semana que nem começou ainda.
É impressionante como me identifico com essa trama. E ali eu estava sozinha, rindo de mim mesma.
Vamos deixar os comentários cinematográficos para outra ocasião, mas, foi muito bom ampliar literalmente e esmiuçar e ver os outros colocando meus achares e sentires para fora na mais perfeita ‘ficção’.
Rapidinho, só de situações EU NUNCA:
- EU NUNCA vi nem vivi um relacionamento que não sei se ‘é namoro ou amizade’, ou ‘amizade colorida’, ou ‘amigo de foda’, ou simplesmente ‘melhor não rotular senão estraga’ (aliás, segundo o filme e eu tenho ahado também, essa recíproca é verdadeira).
- EU NUNCA guardei um segredo, que na verdade não é nada, mas, que perante as circunstancias coincidentes e as pessoas envolvidas se tornam um estopim que te fazem magoar os outros.
- EU NUNCA me senti pior ainda por ter feito algo sem pensar nem querer nem imaginar a uma amiga querida e levar um tremendo ‘vácuo’ te fazendo correr atrás da pessoa desesperadamente sem parecer que essa pessoa é aquela querida e íntima e que você nunca imaginou que … ‘até ela!’.
- EU NUNCA dormi tres dias e tres noites sem comer para enterrar de vez um imbecil que me fez fazer papel de idiota na frente de um monte de gente.
- EU NUNCA senti movimetos peristálticos indicando que o laxante está fazendo efeito … claro que isso não acontece quando você está sozinho dentro de casa com a porta do banheiro aberta ….
- EU NUNCA passei um Reveillón sozinha, pensando que todo mundo está estourando fogos e ’só eu’ estou aqui sozinha comendo miojo ou o que quer que o valha (se é que vale algo).
- EU NUNCA desculpei um cara porquê eu AMO deixando todas as amigas para as quais foram falados verdadeiros impropérios sobre o fulano se acharem umas idiotas por terem dito o que realmente acham dele em seu momento de fúria. E depois foi lhes procurar para dizer ‘que não era beem aquilo que foi dito’.
(to continued…)
(escrito - 22 de julho de 2008)
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