segunda-feira, 25 de maio de 2009

IT´S GONNA BE ALLRIGHT – REAL VALOR

Enfim, poderia citar muitas similaridades, mas, fico com a cena que o carro da Carrie-noiva breca na 5th Avenue poucos metros depois de cruzar com o de Big-noivo em fuga vindo na contramão. Ela desce do carro e em silêncio, com toda a fúria do mico que pagou lhe destrói o buquê de rosas brancas ‘na porrada’. Entra no carro amparada pela amiga Charlotte-ombro amigo e deixa-o sozinho e perplexo. No coração do mundo. Digna de gangstêr.

Bom, ao final, algo interessante. Comecei a conversar com uma pessoa muito simpática no elevador. É mulher e poderia ser minha mãe (digo isso porque ela me contou as idades de seus filhos). Também adorou o filme e também foi sozinha. Como a maioria das que estavam lá, tirando três amigas de algum estado acima do Rio de Janeiro, empolgadíssimas ao meu lado, a quem tive que soltar diversas vezes um ’shiii’. Salvo também uma garota que estava na fileira de trás. Ela estava com o namorado e o goiaba comeu mexerica o filme todo deixando aquele perfume … Filmexerica!

Voltei para casa mais uma vez e achei melhor ligar para a Rafa. É, contar tudo de uma vez. Melhor a verdade, nada mais que a verdade. E foi o que fiz. tenho certeza que vou encontrar a cãmera, mas, agora ela já sabe.

Eu nem preciso dizer o quanto eu amo a Rafa. As reações dela são muito parecidas com as minhas. Até agora ela me deu um feed back igual ao que eu daria, que foi simplesmente entender. Viu que não pe de jeito nenhum irresponsabilidade minha. Eu vou achar!

O pior não é o valor mercadológico, é a responsabilidade, seja o valor que for, com as coisas dos outros. Ela podia ter me emprestado uma caneta Bic que gostasse e me pedisse de volta. Se eu perdi seja lá por que motivo e circunstância for, o que eu deveria devolver para ela era aquela caneta Bic. Eu dou uma Mont Blanc para reparar o bem material, mas, a caneta dela, que ela me emprestou, era uma Bic. A Bic dela. Que ela me emprestou.

Mas eu vou achar! Glória a Deus que eu vou achar! (hehehe).

O que mais me importa, e para a Rafa também, acredito nisso, ela me mostra isso, é o espírito. É a intensão.

Se outra vez o Mr P. me perguntar como vai a minha espiritualidade, acho que vou entender como ‘Como vai para você o que realmente vale a pena’?

Não tenho resposta. Cada um tem a sua verdade. A minha é que minha espiritualidade está nos meus amigos. Na minha turma heterogênea mas com alguma coisa em comum. Não é o carro, eu compro outro até melhor, mas, é o ato. A agreção. É o meu carro. O meu espaço. Que estava num espaço de milhões de pessoas, onde cada um deveria ficar na sua. Não é o dízimo, é a Igreja lotada. Não é o ingresso do cinema e o ticket do estacionamento, é a história. É o sorriso do Mr. P.

O que realmente vale a pena.

PS: Só para terminar. Sentei para tomar a ceia com minha avó, peguei um queijo comprado ontem na Bella Paulista. Mofado! Melhor ir dormir.


(escrito - 22 de julho de 2008)

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